O BATISMO DE JESUS

       Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judeia. Dizia ele: 
– Fazei penitência porque está próximo o Reino dos Céus!
Este é aquele de quem falou o profeta Isaías, quando disse: 
– Uma voz clama no deserto; preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas (Is. 40,3). 
João usava uma vesti­menta de pelos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.  Pessoas de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a circunvizinhança do Jordão vinham a ele. Confessavam seus pecados e eram batizadas por ele nas águas do Jordão. Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes:
– Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera vindoura? Dai, pois, frutos de verdadeira penitência. Não digais dentro de vós, "nós temos a Abraão por pai"! Pois eu vos digo: Deus é poderoso para suscitar destas pedras filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. Tem na mão a pá, limpará sua eira e reco­lherá o trigo ao celeiro. As palhas, porém, serão queimadas num fogo inextinguível.
Da Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. João recusava-se:
– Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!
Mas Jesus lhe respondeu: 
– Deixa por agora, pois convém que cumpramos a justiça completa
Então João cedeu. Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: 
– Eis meu Filho muito amado, em quem ponho minha afeição.

- MATEUS 3.

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